Mostrar mensagens com a etiqueta ternuras. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta ternuras. Mostrar todas as mensagens

domingo, 15 de abril de 2012

TRATADO SOBRE TERNURA




Pelas canções de LLuís LLach, já confessei aqui o meu amor de perdição. Atrevo-me até a dizer que dos cantautores de que gosto para mim é aquele que melhor canta a ternura.

Procurei há dias esta canção porque queria partilhá-la com uma amiga especial que acabara de perder alguém muito querido. Não cheguei a enviar-lha…

Dizia-me ela, que o mais terrível de tudo quando perdemos alguém, é ficar com a sensação que não fizemos nem dissemos, quase nada do que queríamos ou devíamos!

Se calhar nem precisamos de dizer ou fazer nada, porque aos que amamos,

“Simplesmente temos de deixar que nos deixem
E ter um ninho na nossa árvore com uma nuvem bem branca pousada num dos ramos…”
Para o caso de voltarem, ou não…

Considero esta canção um verdadeiro tratado sobre ternura e porque também quero dizer aqueles que amo, “ que para eles sempre terei um ninho na minha árvore, e uma nuvem branca presa num dos ramos”, vou partilhá-la aqui.


 
Un núvol blanc

 
Senzillament se'n va la vida, i arriba
com un cabdell que el vent desfila, i fina.
Som actors a voltes,
espectadors a voltes,
senzillament i com si res, la vida ens dóna i pren paper.

Serenament quan ve l'onada, acaba,
i potser, en el deixar-se vèncer, comença.
La platja enamorada
no sap l'espera llarga
i obre els braços no fos cas, l'onada avui volgués queda's.

Així només, em deixo que tu em deixis;
només així, et deixo que ara em deixis.
Jo tinc, per a tu, un niu en el meu arbre
i un núvol blanc, penjat d'alguna branca.
Molt blanca...

Sovint és quan el sol declina que el mires.
Ell, pesarós, sap que, si minva, l'estimes.
Arribem tard a voltes
sense saber que a voltes
el fràgil art d'un gest senzill, podria dir-te que...

Només així, em deixo que tu em deixis;
així només, et deixo que ara em deixis.
Jo tinc, per a tu, un niu en el meu arbre
i un núvol blanc, penjat d'alguna branca.
Molt blanc...



 
Sencillamente nuestra vida se aleja
como una rueca se deshila, termina.
Actores unas veces espectadores siempre
sencillamente y sin saber
la vida quita y da papel

Serenamente hay una ola que acaba,
quiza en dejarte que te venza comienza.
La playa enamorada no gusta esperas largas
y abre los brazos hacia ti porque se puede arrepentir.

Asi sin mas me dejo que me dejes
sin mas asi te dejo que me dejes
hice por ti un nido aqui en mi arbol
y una nube blanca colgada de una rama
muy blanca muy blanca

A veces cuando el sol declina lo miras
sabe y le pesa que sin lengua lo estimas
llegamos tarde a veces sin conocer que a veces
con un sencillo gesto al fin podría decirte que

sin mas asi me dejo que me dejes
sin mas asi me dejo que me dejes
hice por ti un nido aqui en mi arbol
y una nube blanca colgada de una rama
muy blanca





terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

"QUEM SABE A CANÇÃO DO AMOR?"


Meninos da voz de estrela
Vamos cantar a canção
Atirá-la da janela
Parti-la no meio do chão.

No chão das pedras de pedra.
No chão dos passos perdidos.
Vamos cantar a canção
Meninos todos, unidos!

Nas mãos são uma flor
E a voz, um pássaro leve
Quem sabe a canção do amor?
Quem sabe que a vida é breve?

Meninos tristes, descalços,
Vamos cantar a canção
Atirá-la da janela!
Soltá-la do coração!

Maria Rosa Colaço

 
“Versos Diversos Para Meninos Travessos”


domingo, 26 de setembro de 2010

História de um dia que começou com nuvens e acabou cheio de sol


Esta é a história de um dia que começou como tantos outros. Tantos outros de sol com algumas nuvens à mistura.

Tinha acabado de chegar à minha escola nova, os meninos também eram todos novos e tão pequeninos, que partia o coração tirá-los do colo das mães.

Ainda mal nos conhecíamos, os pequenos que vinham pela primeira vez à escola olhavam-me expectantes, desconfiados e algo tristes, alguns muito tristes até, por não entenderem bem porque tinham de estar ali com gente que não conheciam de lado nenhum.

Foram poucos os que consegui seduzir com a música que escolhi para começar o dia.

Por mais que os acolhesse no colo e os envolvesse em abraços, não conseguia acabar com a sinfonia de choro e grito… confesso, estava a ser uma manhã difícil!

Ah! Esqueci de dizer, que a minha escola nova não tem mar ao fundo. E isso é muito importante para o que vou contar a seguir!

A escola fica ao lado de uma quinta. Os carneirinhos e as ovelhas e cabras bem como os patos, já me haviam ajudado a ultrapassar outras manhãs igualmente difíceis, mas o que eu nunca imaginei era que nesse dia, um galo viria em meu socorro!

Estávamos então na parte da sinfonia inacabada para choro e grito, lembram-se?

Quando de repente…. Pela porta que dá para o recreio, entra um galo!

Olhos e bocas de espanto os meninos fizeram silêncio por momentos, para logo desatarem a correr atrás do galo. O pobre do animal quando viu uma turma inteira correr na tentativa de o apanhar, fugia sem norte nem sul pela sala, conseguindo encontrar de novo a porta fugiu para o recreio. A perseguição continuou, suponho que na cabeça do galo por momentos deve ter passado a ideia de que iria talvez virar canja para o almoço. Sobretudo quando consegui agarrá-lo e arranquei muitas palmas das mãozinhas dos meninos.

Ao principio parecia assustado, mas depressa percebeu que os meninos só queriam conhecê-lo e fazer-lhe umas festinhas. Combinamos então pô-lo no chão para que o galo pudesse ir à vida dele, antes que tivesse encontrado o lugar por onde entrou, o Rodrigo despediu-se assim:

-Adeus galo Xico, amanhã vou trazer milho para comeres!

O galo olhou para trás como se tivesse aprovado o nome e percebido a mensagem e desapareceu entre a folhagem.

Resta dizer que o dia girou em torno do galo Xico. O galo que escreveu esta história tão simples, mas verdadeira.



quinta-feira, 15 de julho de 2010

MARAMAR...MARAMOR...FINAL FELIZ!

Mar de férias que se aproximam, Mar de mim, Vila Chã de pico cá dentro, para sempre!

(Com Música de Christine Sèvres, Jean Ferrat e Marie Laforet)


quinta-feira, 3 de junho de 2010

Lugares e pessoas especiais…



Todos temos um lugar especial! Aquele que procuramos quando precisamos que a solidão nos proteja, quando necessitamos simplesmente de “uma indigestão de beleza”, ou tão somente, quando procuramos ânimo para respirar e viver.

Todos sabemos de pessoas especiais… e algumas dessas pessoas, bastou-nos vê-las uma vez, para sentir que o eram. Tal como os lugares!

Mas será, que o que torna os lugares tão especiais para nós é o facto de a eles estarem ligadas as pessoas de quem gostamos?

Ou haverá lugares que nos tornam especiais e pessoas que tornam especiais os nossos lugares?!

Por mim, seja qual for a resposta, o importante é que existam!

Pessoas e lugares, que sejam e nos tornem especiais!

Porque especial é o que fica em nós, para sempre?!

O que torna afinal, os lugares e as pessoas tão especiais?


segunda-feira, 31 de maio de 2010

EM MAIO...Actividades

Sem ser ao borralho!

Um Vídeo das actividades


domingo, 2 de maio de 2010

ABRIL...ACTIVIDADES MIL

Da Riqueza de Abril , da Riqueza deles em Abril, da minha Riqueza por ser d'ELES Educadora!



quarta-feira, 31 de março de 2010

MARÇO DE MARÉ...

Março de Maré...de Marés!
De Actividades, de sonhos, de paisagens, de aprendizagens minhas com ELES! E fotos de marés e dessa Vila Chã que adoro e... GNR e Trenet, Casimiro de Brito.
Repleto de alegria o meu ovo de Páscoa!


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

A MINHA PROFISSÃO...

É A MELHOR DO MUNDO!!




A minha profissão é a melhor do mundo!


Dirão vocês que a vossa também, se gostarem daquilo que fazem.


Estou disposta a provar que ser Educadora de Infância é um privilégio igual a nenhum outro, senão vejamos:

Qual de vocês consegue fazer 25 amigos no início de cada ano lectivo?

Qual de vocês recebe presentes diários, alguns cheios de imaginação e por vezes até algo insólitos, como uma pedrinha que se apanhou pelo caminho, uma erva daninha que se leva do jardim e se oferece à Educadora como se de um tesouro se tratasse, e como tal, não tens coragem de a deitar ao lixo!


Qual de vocês descobriu que o sol tem… “migalhas”!?


Que na paleta de cores o cinzento é “preto claro”!?


Que as flores também “desmaiam”!?


Que nem todas as princesas são bonitas, que há bruxas boas, que o vento é o “ar que mexe e dá estaladinhas na cara”, que se estamos mal dispostos é porque dormimos com os olhos abertos!?


Em qual das vossas profissões é permitida uma guerra de almofadas?


Imitar uma minhoca, uma tartaruga, uma luta de gatos?


Na minha profissão, no mesmo dia, vivemos num castelo, vamos á lua, somos pintores, poetas, cantores, acrobatas, cientistas, piratas, maquinistas, viajamos por todo o planeta sem sair da sala!


Vamos ao circo, ao cinema, ao zoo, ou brincamos aos Pais e às Mães e até conseguimos que os Pais vão ao Jardim para brincar connosco!


Jogamos á bola e num ápice somos o Ronaldo, o Lisandro!


Na minha profissão, “O Sonho Comanda a Vida”, mas ensinamos que nem tudo na vida é um sonho! Por vezes ficamos tristes e choramos sem vergonha, mas também sabemos chorar de alegria!


Rimos muito, divertimo-nos…Somos Felizes! Se ainda duvidam dos meus argumentos, talvez acreditem agora!


A minha profissão é a única onde além do ordenado, ainda me pagam com sorrisos rasgados, abraços apertados e beijos repenicados! Quem nunca passou pelo Jardim de Infância, não sabe o que perdeu!


Ah! Se quiserem entrar no meu…ESTÃO CONVIDADOS!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

UM CERTO WALT DISNEY

Para mim existem dois Walt Disney: o do Mickey , Pateta e afins, o que menos gosto, e o Disney do Bambi, da Branca de Neve, do Dumbo, do Pinóquio e por aí fora que adoro. Há pouco tempo com a aquisição de um duplo DVD fui descobrindo um outro Disney, os dos Contos Animados Musicais " Silly Symphonies", quase todos dos anos 30. Se conhecia alguns como os "Três Porquinhos", "A Lebre e a Tartaruga", outros não, e estes são de uma ternura, de uma beleza, de uma alegoria e leveza lindas, lindas, lindas. Através do YouTube fui descobrindo outros que não tinha no tal duplo DVD. Aí vai um deles, "Water Babies". Encantem-se, porque eu não cesso desse encantamento. As minhas crianças vão adorar de certeza!


domingo, 31 de janeiro de 2010

O mar de Sara… O nosso mar!

Mar de Vila-Chã no dia 27de Janeiro de 2010


Professora, este mar é o meu! Dizia-me a Sara quando num dos nossos passeios, fomos até à rua onde mora. Claro que tem toda a razão a nossa Sarita, não está o mar mesmo defronte da sua janela, então aquele mar é definitivamente mais dela que nosso.

Como fico feliz, por saber que sente o mar como seu…

E sobre o nosso mar, eis o que escrevemos depois de um passeio até à praia, num dia desta semana.


O Nosso Mar

Gostamos do nosso mar, porque ele tem muitas cores.

É azul como o céu, quando o sol está todo a brilhar e é quentinho.

É verde, quando os jardineiros do mar cortam a relva e as algas aparecem na praia.

É cinzento, quando o céu está triste e resolve pôr-se a chorar, faz caretas e vem a chuva.

Às vezes está quietinho, para ouvir as gaivotas e os meninos que vão até á praia.

Outras vezes, está zangado, tanto, tanto, que até come a nossa praia!

Gostamos sempre dele, mas gostamos mais, quando vamos visitá-lo e nos oferece, beijinhos, búzios, ouriços, conchas…

Cheira tão bem o nosso mar!!!

E quando voltamos para a escola, trazemos o mar na nossa boca.



(Fotos da minha autoria)