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segunda-feira, 30 de maio de 2011

“Sem Barco me fiz ao Mar”



Amei quando quis amar

quando não quis, desamei

num barco me fiz ao mar

ele ficou, eu voltei!


Chegado que fui ao porto

e a ponto de atracar

não sei se vivo se morto

deixei o barco no mar


A praia nua só tinha

o céu e a lisa areia

o barco volta, não volta

na branca onda volteia


Ele ficou eu voltei

sem barco me fiz ao mar

quando não quis desamei

amei quando quis amar

Nuno Higino

quinta-feira, 31 de março de 2011

Mergulhados em Azul

Depois de pintarmos o mar dentro de nós, pintamo-lo no papel. Mergulhamos e ficamos impregnados dele!

Quem disse que não se pode trazer o mar para dentro da sala?!



sábado, 30 de outubro de 2010

A Tarde Diluía-se nas Águas

(mar de Vila-Chã, tarde de 28-10-2010)


Enrolava ondas a alegria
de uma doçura suave
que, muito devagar, anoitecia.

Nos molhes só estrondeava o rosa.
Ou súbita rosácea repetida
iluminava, momentânea, a sombra
que a tarde retinha ainda.

E as águas recolhiam vagarosas
a noite a iluminar-se na retina.

Fernando Echevarría

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Deixa-me seguir para o mar ...



Deixa-me seguir para o Mar
Tenta esquecer-me... Ser lembrado é como
evocar-se um fantasma... Deixa-me ser
o que sou, o que sempre fui, um rio que vai fluindo...


Em vão, em minhas margens cantarão as horas,
me recamarei de estrelas como um manto real,
me bordarei de nuvens e de asas,
às vezes virão em mim as crianças banhar-se...


Um espelho não guarda as coisas refletidas!
E o meu destino é seguir... é seguir para o Mar,
as imagens perdendo no caminho...
Deixa-me fluir, passar, cantar...
toda a tristeza dos rios
é não poderem parar!

Mário Quintana

domingo, 15 de agosto de 2010

Talvez o mar me abra a porta do infinito



Já aqui falei dos presentes originais e cheios de imaginação que costumo receber na sala de aula. Este barquinho, que é nada mais nada menos que uma folha de hera, foi-me oferecido uma manhã pelo Alexandre.

- Quando estiveres cansada de estar na praia, vais neste barco até onde te apetecer. Disse- me o pequeno.

Na altura agradeci o presente e guardei a folha dentro de um livro, só por acaso, de poesia. Só alguns dias depois, olhando a folha com atenção, reparei que tinha um barco na mão! Talvez hoje seja um bom dia para fazer-me ao mar. Irei ao sabor das ondas e do vento, quero traçar a minha carta de marear, seguindo o mapa das nuvens e das estrelas. Talvez o mar me abra a porta do infinito!” Porque há viagens que temos de fazer só dentro de nós!”


domingo, 8 de agosto de 2010

Na Intimidade do Mar



Tenho passado as manhãs na praia, as tardes na praia ou no rio. Tenho levado uma vida exterior e banal. E no entanto a minha “Sombra” anda por trás de tudo isto. O sol, o mar, o rio, o céu impedem-me de cair na negrura que sobe em mim. (…)

Cá vivo na intimidade do Mar e dalguns livros queridos.

Mas o Mar, o teu “Sumo Poeta”, é o mais querido e o mais relido dos meus livros. O Mar é um livro onde toda a gente pode ler tudo: É um livro onde todos podem ler o que há de mais recôndito em sua própria Alma. O Mar é um resumo da natureza.

José Régio in Páginas do Diário Íntimo