quarta-feira, 25 de abril de 2018

ABRIL…




Quando abril acordou naquela manhã
Ela só tinha dez anos de sonhos…
Ouvira o Pai dizer à mãe, que se passava
Qualquer coisa de muito importante em Lisboa…
Que talvez fosse desta vez que destapassem o sol…
Ela não percebia nada, mas das palavras do Pai
Do som da televisão e das telefonias ligadas em uníssono
Desprendia-se um som de festa…
A caminho da escola
Cumprimentou como de costume
O rosmaninho, as dedaleiras, os pequenos malmequeres amarelos…
Sem imaginar que abril se pintava a vermelho
No perfume de um cravo…