(Céu com estrelas de acender - meninos da Escola Básica da Estação, Valongo)
No poema moram os saltos dos peixes
na hora em que o sol
prateava as águas do rio
os passinhos das
formigas
que tronco acima tronco
abaixo arrancam sorrisos às árvores
o gosto dos morangos
tocados de lagartas
o cheiro da erva , das
pinhas, das flores da Avó e de outras silvestres
cujos olhos guardam
memória
a brisa dos montes e
vales que misturei nos cabelos
nuvens de céus diversos
que percorrem o azul empurradas de vento
conchas com segredos de
marés
sons de mar que ressoam
e me perseguem até nos sonhos
sorrisos e correrias de
meninos
que tornam raros os
meus dias.
No poema moram as mãos
que acalmam as minhas
tempestades
as noites em que a
chuva apaga estrelas
as manhãs pintadas de
rosa alperce
de pássaros e
borboletas.
No poema, no meu, mora
a vida
moras tu
moro eu!
5 comentários:
Que lindo! E dizes tu que não é a tua praia! Depois de te lançares ao mar não vais parar de navegar.
Parabéns!
Rosinha,
Num poema a sério o verso livre não existe!E eu nunca me preocupo com a métrica,com o ritmo...
Eu não sei mesmo escrever poemas!
E não é falsa modéstia!Palavras de poesia não fazem por si só um poema!Como se diz na minha terra,para fazer um poema é preciso comer muita broa!
Isto é só um desabafo de alma!
Adorei a ilustração, assim como tudo o uqe os meninos fazem, são todos muitissimo talentosos, beijinhos prof. Teresa
Amiga,
É verdade tenho andado caladinha, mas não longe daqui! Adorei o teu "desabafo d´alma".E não me parece que haja necessidade do poema ser sério para ser a sério! Isso é coisa para quem se ocupa em estragar o poema e a poesia!Não discuto que hajas regras no poema, não me parece é que a alma se preocupe com elas!
Vê lá se perdes os complexos e partilhas mais do muito que sei que escreves.E belo! Afinal os teus amigos sabem que és rapariga que nunca se preocupa com regras. Ou práticamente quase nunca! Beijinhos.
Prosa ao Poema!Liberdsade livre da Palavra, essas formigas que encantavam esse humanista renascentista Leon Batista Alberti
Como Novalis "Quanto mais poético mais verdadeiro", ou como afirmo: quanto mais terno, mais livre.
Atribuo-lhe as duas.
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