domingo, 13 de março de 2011

Flores de Inverno


Nunca me tinha ocorrido que as camélias eram apelidadas de, flores de Inverno. Bom, pelo menos o convite do Luís e da Graça, amigos do peito e das camélias, tão loucos por elas que percorrem o mundo a descobrir tudo o que lhes diga respeito, serviu para que sobre camélias aprendesse algumas coisas.

A exposição sobre camélias teve lugar na galeria de exposições da Biblioteca Almeida Garrett, sita nos jardins do Palácio de Cristal aqui no Porto este fim-de-semana.

Vários criadores de camélias de todo o mundo mostraram como conseguem cruzar espécies e criar flores que são verdadeiras obras de arte. Assim como de uma história se podem criar mil histórias, de uma flor podem nascer igualmente outras mil.

A ideia de misturar flores com livros agradou-me de sobremaneira.

Confesso que nunca tive grande jeito para jardinagem. Sei de pessoas em que as flores parecem nascer-lhes das mãos, como a minha Avó Emília. Nas mãos da Avó qualquer jardim se tornava numa verdadeira obra de arte. A Avó dizia que as flores gostam que falem com elas, mas será preciso saber a língua das flores, eu ainda não a aprendi. Quando falo com as flores cá de casa normalmente é para lhes pedir desculpa por me esquecer de as regar! Chego até a ficar com remorsos!

Mas sobre as camélias e todas as outras flores que invadem já a minha cidade num perfume morno de Primavera, digo que as prefiro nas árvores e nos jardins.

Tenho pra mim que a melhor maneira de oferecer flores a alguém ou a nós próprios é passeando a pé pela cidade, entrar nos seus jardins e desfrutar das cores e aromas que oferecem.


1 comentário:

xn disse...

Simplesmente, adoro ler os teus textos. Incrível como quando os leio, consigo ver-te falar. Até parece que os estás a ler para mim!
Obrigada pelos sentimentos que "colas" nos teus textos e obrigada pela valente gargalhada que me fizeste dar, ao fim de três horas "agarrada" ao computador.
Não podia deixar de soltar uma gargalhada quando dizes que apenas falas para as plantas para lhes pedires desculpa, apesar que muito bem, referes o teu arrependimento.