sexta-feira, 25 de novembro de 2011

JARDIM

                                                Jardim do Passeio Alegre - Porto



Não importa que ames
ou que te amem, pois o que eu adoro
em ti não o sabes, alma,
nem os outros o sabem.


Jamais te viste, nunca
te verão, qual meus olhos
te viram e vêem – como a minha vida
encarnada no pálido tesouro
do teu corpo invisível,
pois é a carne da minha alma –


Só ficarei quando partires,
ou te levem os outros,
da verdade pura e inalterável
que à tua vida somente eu posso dar.



Juan Ramón Jimenez

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