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terça-feira, 27 de julho de 2010

Cartas




Sempre gostei de receber e escrever cartas.
Daquelas que chegam pela manhã com envelope, onde está escrito, o remetente, o destinatário e têm selo e tudo! Ah, não sabem do que falo? É natural, hoje tirando as cartas que vejo os meninos escrever ao Pai Natal, que segundo consta é o único que continua a receber montes delas, que se saiba não porque se recuse a aderir às novas tecnologias, mas porque os meninos acreditam, que só escrevendo uma carta os seus pedidos serão atendidos. Hoje não se escrevem cartas. Cartas, como as que guardei e reencontrei hoje na gaveta de um armário.
A precisão da caligrafia, o estilo pessoal, o tempo e a dedicação com que eram escritas, fazem claramente, parte do passado.
Hoje quando muito recebemos, cartas dos seguros, da companhia da electricidade, da água… Cartas impessoais e maquinais.
E as outras? As de amor, as ridículas, as que davam conta de estados de alma? As que eram escritas sem corrector ortográfico, consultando apenas o velho dicionário em caso de dúvida?
Todos sabemos como deixamos que fossem substituídas, por formas de comunicação que não deixam rasto, mensagens curtas, rápidas, etéreas.
Como era bom ver chegar o carteiro, com a carta esperada, ou melhor ainda com uma inesperada!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

DIAS CLAROS

Finalmente, hoje as nuvens deixaram o sol dar o ar da sua graça depois de tantos dias de chuva!

E se choveu! Por aqui a Travessa do Sol, (nome da rua da nossa escola), quase passou a rio do sol. Gostamos da chuva, desde que não chova muito tempo e possamos vir para o jardim/recreio, o local da escola mais apreciado por todos, agora não me apetece explicar o porquê de tal preferência, talvez outro dia.

-Estávamos já a ficar aborrecidos de tanta chuva!

-Teresa! Já não chove. Gritou o Henrique!

Num segundo todos correram para a janela.

-Mas está tudo molhado! Disse a Inês.

-Não podemos ir lá para fora. Pois não professora?

Olhei para os cabides, as capas e as galochas, estavam mesmo a pedir usem-nos!

- Claro que podemos, respondi.

Entre vivas, gritos e o olhar incrédulo da” nossa Rosa”, depressa nos equipamos e estávamos cá fora…

Fazia tempo que não chapinava assim, eles os pequerruchos, não cabiam em si de contentes parece que ainda não tinha aparecido por aquelas bandas uma professora maluquinha, que mandasse os meninos chapinar!

Mas o que realmente importa, foi termos conseguido transformar um dia “preto claro”, (para as crianças da minha escola, o cinzento é preto claro!), num dia raro.