domingo, 4 de agosto de 2013

A LER POESIA NA VARANDA...





(…)
Há em mim
desejos de distâncias e nuvens,
de cavalgar através de desertos,
falcão em riste e rédea solta,
o sangue turbulento!

(…)
Se o nosso refúgio é o silêncio,
onde estão as lágrimas,
onde está o teu olhar?


PORQUE NÃO VENS NESTE DOMINGO TRISTE

Porque não vens neste domingo triste
em que as minhas mãos desejam
o mistério do teu corpo virgem,
ou o passado, ou a dor, ou a poesia?

Porque não vens neste domingo triste
em que há em mim a nostalgia
por tudo o que a infância não me deixou
e não me apontas o caminho
que me traga a paz, o perdão e a fé?


ESTA NOITE ESCREVI UM POEMA DE AMOR

Esta noite escrevi um poema de amor.
Um poema triste…
Triste como esta noite de chuva,
como os teus beijos,
ou como o nosso amor…

Ouve --- estou aqui, sozinho…
Lá fora, a chuva cai --- tão triste!
Triste como os teus beijos…

Não é este o primeiro poema de amor que escrevo,
mas é o primeiro que escrevo para ti,
porque esta noite, tão cheia de tristeza,
faz-me lembrar o nosso amor.


TEMPO DE AMOR

Devagar.

Devagar, sem pudor nem malícia,
Peça a peça tombando a teus pés´
Bem-me-quer, bem-me-quer,
Muito!

Bem-me-quer, nua e breve,
Um momento, na penumbra,
Como traço de farol
No leito,
Riscando o lençol.

                                                                      Tomaz Kim



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