Adoro o Verão.
Dos dias e noites longas. Onde há tempo para ter tempo.
Da casa sempre cheia de gente. Tal e qual como na infância.
São, os primos, as manas, os sobrinhos, os filhos, os amigos, os amigos dos filhos, os amigos dos amigos…Gente e mais gente, que dá vida à casa que durante o resto do ano está quase sempre vazia!
No Verão, a casa ganha vida, como no tempo dos avós. E ninguém se atreve a procurar destino de férias sem passar por cá!
Pedro, o meu sobrinho de quatro anos, fez-me há dias uma pergunta curiosa;
-Tia, o que gostas mais no Verão é da casa da Avó?
Fiquei espantada! Tão bem o pequeno lia minha alma!
Para falar verdade, não sei do que gosto mais neste lugar. Da casa? Das memórias de uma infância e adolescência privilegiadas? Da paz que me invade sempre que aqui estou? Do rio, junto ao qual cresci e que um dia me levou até ao mar? Das árvores, que subi na esperança de conseguir tocar o céu? De olhar o sol a levantar-se por entre as águas do rio, ou a mergulhar nelas ao entardecer? De olhar o céu infinito, ponteado de estrelas? De escutar uma cantata para grilos em noite de lua cheia?
Adoro tudo isto! Mas do que gosto mesmo, é de mergulhar na relva!
O cheirinho a verde misturado com o perfume das várias ervas e flores invade o ar, fixando-se de tal forma na alma, que sentimos como que um desejo irresistível de ficar ali a adorar a natureza!
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