domingo, 15 de fevereiro de 2015

ADEUS!





ADEUS!

Como quem cega os próprios olhos
tinha fechado, pela última vez,
a janela do mar.

Dos seus passos, apagados da beirada,
Nenhum sinal restava.
Podia partir.

Só o soluço do vento e das águas
tentava caligrafar uma ausência
nos ramos do dia.


                         Luísa Dacosta, in À Sombra do Mar

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