Espreito a memória
da menina que fui…
Correndo livre
nas margens de um rio
que julgava meu!
Da menina
que prendia nos juncos
sonhos para o vento
desatar…
Espreito a menina…
que pintava peixes
para lhe mergulharem
as águas revoltas dos
cabelos…
Que colocava nas águas
o chapéu a navegar
julgando-se capitã de
barco…
Espreito a menina que
fui…
Porque há dias
em que espreitar
memórias
nos faz tão felizes!