( Imagem retirada da web)
Pensei escrever-te uma
carta. Uma carta CARTA, dessas que se escrevem com papel sépia, (a minha cor de
papel de carta preferido), dá à carta um certo estilo. Bom, isto do estilo foi
o Avô Miguel que me ensinou, segundo ele, as cartas têm de ter um estilo
próprio. O estilo de quem as escreve… E claro, ainda segundo o Avô, uma boa
caneta e disse; caneta, determinante na execução de uma boa caligrafia. Mas ora
aqui está um ponto em que sou obrigada a discordar do Avô. É que ele há
caligrafias que não melhoram com a qualidade da caneta, a minha por exemplo,
revela-se quase elegível e segundo o meu velhinho professor de literatura, a
diferença entre a minha caligrafia e uma galinha a esgravatar seria quase nula.
E aqui sim, a qualidade da caligrafia era bem importante, não fosse a morada
ilegível devolver a carta à procedência ou mesmo faze-la viajar até outras mãos
que não as tuas.
E o que eu gosto de
pensar, que a carta escrita pelas minhas mãos toca as tuas…
Bem sei, para quê
escrever uma carta, carta quando podia utilizar uma rede social qualquer?!
Ou um dos tantos meios
que a tecnologia põe à minha disposição?
Não sei se já te
disse, mas sou completamente avessa às redes sociais! Os meus amigos dizem que
é teimosia e talvez mania de ser diferente… Ou as duas! Pois eu digo, que não
me fazem falta! Não me apetece! Detesto afetos em rede, vãos e ocos…Pode ser
que não sejam todos…
Não estou nadinha
interessada em fazer parte das partes da rede!
E seja qual for o meio eletrônico escolhido são todos voláteis e descartáveis.
Claro, eu ia falar-te
da minha praia, que estava hoje pela manhã revirada do avesso…
No areal molhado e
remexido pela força das ondas, só se viam destroços das várias inutilidades com
que nós humanos vamos brindando o mar…
Destroços e conchas
partidas…
Das gaivotas nem
sinal, que estas andam longe quando a força do mar estremece a praia…
E hoje também não era
um bom dia para procurar beijinhos do mar, estes são raros, (como os teus),
nesta época do ano. Já na primavera, podem apanhar-se aos molhos na beirada…
Além de que seria uma
total imprudência passar hoje do meio do areal…
Por isso, voltei cedo
para casa e pensei na carta a sério…
Sim, sim todas estas
palavras eram desnecessárias. Bastava tirar uma foto da praia e enviá-la num
simples toque de telemóvel… ou coloca-la no facebook ou…
Mas com sentirias as
minhas mãos perfumadas de mar nas tuas apesar da minha horrível caligrafia?!
4 comentários:
Fora de moda?.Talvez, mas a sensibilidade está toda na sua
escrita. Os seus textos são poesia.
Adoro o que escreve!
Um bom ano.
M.Júlia
Espero que goste!
http://youtu.be/hpXuLwomaiA
M.Júlia
Obrigada M.Júlia, pelas palavras e pelo mimo!
Conhecia a canção na voz de,Mercedes Sosa.É bom recordá-la também na voz melodiosa de Soledad Bravo!
Bem Haja!E Bom Ano também para si.
Eu posso atestar da tua horrível caligrafia.Sempre que me emprestavas uma sebenta tinha de devolvê-la de imediato por não entender nada! Mas também posso falar da qualidade da tua escrita e das tuas qualidades como ser humano!
Tu dizes sempre que não és o teu Blogue, mas quem te conhece não acredita!
Em 2014 conto contigo, igualzinha e com esse sorriso feliz que é a tua imagem de marca!
Beijinhos, AMIGA!
JÚ
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