O
médico dissera que lhe parecia coisa de gente sensível. Coisa de para quem o
natal já não é o que era…
Ela
sabia-o…
Mas
teve medo!
Medo
de não ter tempo de dizer tudo. (embora não saiba como se faz.)
Medo
de não olhar mais o horizonte da janela
De
ficar ali entretida a descobrir quão longe fica o longe
De
correr na praia, voar na brisa…
Teve
medo…
De
não colocar mais o colar de conchas e fingir-se sereia…
De
não mais se aninhar nas rochas a decifrar o vento
De
não mais experimentar coisas que só se sentem em abraços
Mas
o seu maior medo
Era
o de não ter escrito na areia:
-Hoje,
tive tanto medo de morrer sem ti!
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