Adoro acordar ao som de uma “cantata para pássaros.”
Quando menina, a Avó abria a janela para deixar entra a luz do sol. E eu deixava-me ficar toda enroscadinha a ouvir o canto dos pássaros, tentando adivinhar o que diziam.
Tanta chilreada, só poderia querer dizer que estavam a preparar uma grande festa, onde contariam uns aos outros histórias das suas maravilhosas viagens.
Falariam da grande Muralha da China, das densas florestas que tinham sobrevoado, das cidades cheias de luz…
Já acordadinha, corria para a varanda do quarto para dizer bom dia ao rio. Ao rio Douro, que em todo o seu esplendor se estendia ali perante os meus olhos e a minha varanda.
Varanda, que às vezes virava barco e me levava a correr mundo…
E era tão bom, ficar ali, a ver os raios de sol entrar na água, os peixes a saltar…
E nas noites de Verão, antes de adormecer, a Avó ficava comigo na varanda a ver as estrelas. Contava-me a história de uma princesa que quando estava zangada consigo e com o mundo, subia até às estrelas, e ali se deixava ficar, gritando e fazendo caretas, para depois voltar á Terra alegre e bem-disposta.
Eu própria já experimentei, fazer como a tal princesa. Quando estou zangada com tudo e com todos, vou até às estrelas e juro que venho de lá muito melhor!
Ou então naqueles dias em que queremos o céu só para nós. É tão bom viajar até às estrelas, ficar aconchegadinha numa das suas pontas e voltar só quando apetecer!
Porque será que as Avós têm sempre razão?
Quando menina, a Avó abria a janela para deixar entra a luz do sol. E eu deixava-me ficar toda enroscadinha a ouvir o canto dos pássaros, tentando adivinhar o que diziam.
Tanta chilreada, só poderia querer dizer que estavam a preparar uma grande festa, onde contariam uns aos outros histórias das suas maravilhosas viagens.
Falariam da grande Muralha da China, das densas florestas que tinham sobrevoado, das cidades cheias de luz…
Já acordadinha, corria para a varanda do quarto para dizer bom dia ao rio. Ao rio Douro, que em todo o seu esplendor se estendia ali perante os meus olhos e a minha varanda.
Varanda, que às vezes virava barco e me levava a correr mundo…
E era tão bom, ficar ali, a ver os raios de sol entrar na água, os peixes a saltar…
E nas noites de Verão, antes de adormecer, a Avó ficava comigo na varanda a ver as estrelas. Contava-me a história de uma princesa que quando estava zangada consigo e com o mundo, subia até às estrelas, e ali se deixava ficar, gritando e fazendo caretas, para depois voltar á Terra alegre e bem-disposta.
Eu própria já experimentei, fazer como a tal princesa. Quando estou zangada com tudo e com todos, vou até às estrelas e juro que venho de lá muito melhor!
Ou então naqueles dias em que queremos o céu só para nós. É tão bom viajar até às estrelas, ficar aconchegadinha numa das suas pontas e voltar só quando apetecer!
Porque será que as Avós têm sempre razão?
2 comentários:
Um verdadeiro Hino às Avós! Arte de bem recordar, amar e escrever, cara colega!
Tão belos e sensíveis os seus textos! Porque não um futuro livro?
Será que todo mundo tem história de varanda e avós???
Eu tenho..ou tive...varanda no 13º andar virada para as lezírias, uma avó que acordou aos gritos::meninas socorro o Tejo chegou aqui!!!!Era noite e estava nevoeiro:::: ) VÓ foi torneira avariada,,,,
enfim ´não é poético como o teu texto mas é uma história minha e verdadeira para te fazer sorrir como que uma "paga"do que li....ob.
e porque a mim me fez recordar as minhas varandas de namoro, de bons almoços e a minha avó.
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