Dos meus versos há-de sempre ver-se o mar
Há-de haver sempre
Ondas que vão e veem
E um barco a baloiçar com o teu nome
Nos meus versos
Os peixes confundem-se com os pássaros
E as palavras têm nomes de conchas
Que guardam a alma do vento
E sopram a saudade pela praia
Nos meus versos
O sol há-de encostar-se à sombra do silêncio
Como um livro de poemas para ler
Um livro onde as algas marcam as páginas
E as perfumam como se fossem cabelos de sereia
E quando o sol apagar os meus versos
Já as palavras terão aprendido
A desfazer-se em espuma
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