Ainda o sol
não tinha derretido o orvalho da manhã e no jardim já não se falava de outra
coisa. A história de amor entre o pé de maracujá e a oliveira! No canteiro
das dálias só se ouviam cochichos;
- Não sei que
terá visto nela. Afinal nós somos muito mais belas e elegantes. Diziam
invejosas!
As margaridas
por seu lado, achavam esta uma história de amor linda. É verdade que o jardim
já conhecera outras histórias de amor, mas nunca nenhuma outra deixara o jardim
tão em polvorosa.
Aliás, este
era um jardim onde tudo decorria apesar das pequenas histórias, sem grande
história.
As dálias viviam no seu canteiro e
não havia memória que alguma vez tivessem ousado apaixonar-se pelos
amores-perfeitos. É verdade que as margaridas costumavam sair para jantar com
um ou outro mal-me-quer, as rosas amarelas tomavam chá com as rosas brancas, as
vermelhas… às vezes lá se passeavam com os cravos.
Ouvia-se até dizer, que um dia uma
bela rosa encarnada se apaixonara perdidamente por um antúrio, mas as famílias
descobriram e proibiram que fossem felizes. E no jardim toda a gente, quer
dizer, todas as flores, árvores e plantas acharam normal!
E esta que podia ter sido uma grande história de amor, não passou afinal de uma história vulgar, uma história em que uma rosa e um antúrio decidiram ser infelizes para sempre!
Podiam ter sido felizes enquanto durasse, mas não tiveram a coragem do pé de maracujá e da oliveira, que apesar das más-línguas de todo o jardim ou quase todo, resolveram perder-se de amores e viver juntinhos pelo menos até ao fim do inverno.
E esta que podia ter sido uma grande história de amor, não passou afinal de uma história vulgar, uma história em que uma rosa e um antúrio decidiram ser infelizes para sempre!
Podiam ter sido felizes enquanto durasse, mas não tiveram a coragem do pé de maracujá e da oliveira, que apesar das más-línguas de todo o jardim ou quase todo, resolveram perder-se de amores e viver juntinhos pelo menos até ao fim do inverno.
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