quarta-feira, 6 de junho de 2012

PARA QUANDO APETECE SER BARCO




                                                                     SOU BARCO

Sou barco abandonado
Na praia ao pé do mar
E os pensamentos são
Meninos a brincar.

Ei-lo que salta bravo
E a onda verde-escura
Desfaz-se em trigo
De raiva e amargura.

Ouço o fragor da vaga
Sempre a bater ao fundo,
Escrevo, leio, penso,
Passeio neste mundo
De seis passos
E o mar a bater ao fundo.

Agora é todo azul,
Com barras de cinzento,
E logo é verde, verde
Teu brando chamamento.

Ó mar, venha a onda forte
Por cima do areal
E os barcos abandonados
Voltarão a Portugal.


António Borges Coelho




2 comentários:

marta disse...

Olá professora Teresa.
Este ano dei em "H.G.P".que muitos dos nossos marinheiros da época dos descobrimentos morreram com escorbuto.
Os seus marinheiros estão a salvo!Com a vossa horta com tantos legumes verdinhos e fresquinhos,fonte de vitamina C,vocês estão preparados para fazerem longas viagens!!!
O meu irmão fala muito bem de si e gosta muito de si!
Beijinhos da amiga Marta Cruz.

Teresa disse...

Olá Marta,

Obrigada pelas tuas palavras!
Sabes que tenho saudades de ver-te passar no corredor, do teu sorriso e do ar responsável com que me davas os recados relacionados com o Pedro!
Eu também gosto muito muito do Pedro. E de ti!
Beijinhos querida!