Quero contar-te coisas
de mar.
Como depois da tempestade da noite se intensificou o cheiro a maresia e
nas pocinhas de água cheias de limos, tudo fluí com a calma e o silêncio de
antes.
Quero contar-te, que depois
de subir ao alto das rochas, lá onde só devem atrever-se as gaivotas, descobri
planícies de mundos maravilhosos!
Algas luminosas que embrulham peixes e conchas com vergonha do olhar do sol.
Algas luminosas que embrulham peixes e conchas com vergonha do olhar do sol.
Esponjas que pintam o ventre às rochas de
cor de laranja, estrelas do mar e anémonas em tons de rosa que enfeitam os jardins
onde agora passeio.
Em ninhos escavados nas rochas e feitos de conchas, vivem ouriços que se alimentam de sopinhas de espuma que sorvem das ondas. E em grutas quase submersas pelas águas, escondem-se peixes raros e fugidios, caranguejos pachorrentos e polvos que quando descobertos fogem atarantados de susto!
Em ninhos escavados nas rochas e feitos de conchas, vivem ouriços que se alimentam de sopinhas de espuma que sorvem das ondas. E em grutas quase submersas pelas águas, escondem-se peixes raros e fugidios, caranguejos pachorrentos e polvos que quando descobertos fogem atarantados de susto!
Seres que fazem
aparecer na areia esculturas maravilhosas, num labor de paciência e minucia.
O mar, o mar está
exatamente como gosto: de um azul muito brilhante, com reflexos brancos até
onde a vista alcança. Coisas que nunca saberei escrever…
Fosse o que te escrevo
uma carta e mandar-te – ia dentro, uma concha, uma alga, um pouco de espuma de
mar. Mas com fazê-lo, se não passa de um recadinho?